24 dezembro 2010

A solidão por Consoada



Foram 51 Natais. Foram 51 oportunidades de partilhar. 51 razões para sorrir. Sentir o calor com mais alguém. Mesmo no frio da noite, o “cobertor” da companhia daqueles que nós amamos, que nos amam, trazia conforto. Fazia sentir um aconchego humano que até talvez não tivesse existido no primeiro Natal lá em Belém.


Mas eis-me chegado à 52º Consoada. O Natal da solidão. Sem aquele “cobertor” e tendo por companheira a memória de um ano de perdas. E, a declarada perda de saúde até foi a menos gravosa. No Natal passado julgava poder continuar a gozar, nos seguintes, a presença da mulher da minha vida. Puro engano. Mais tarde, após a ruptura, planeei passar esta noite com minha mãe. Mas, nós pomos e Deus dispõe de nós, dos nossos planos, dos nossos sonhos, e até da nossa solidão. Minha mãe tem o supremo privilégio de neste ano e nos vindouros passar o Natal na presença do aniversariante, tal como meus padrinhos, Júlia e José. Mais um pouco e também eu viverei esse privilégio. Entretanto, resta-me a solidão. Pelo tempo que Deus quiser e permitir. Mas não é uma solidão qualquer. Chamo-lhe solidão acompanhada. Não posso conversar, não posso partilhar, não posso conviver. Mas posso adorá-Lo, falar com Ele, exultar com a Sua Palavra, derramar-me na Sua presença.

É verdade, o Cristão nunca está só.
E nestas quatro solitárias (e solidárias) paredes que me rodeiam, frias, surdas e caladas, tenho, afinal, um Convidado de Honra. A Ele Toda a Glória neste e em todos os Natais. Humanamente, só ou acompanhado, sempre exultante na presença daquele que veio, pela primeira vez, para entregar a Sua vida para me dar vida. Que virá novamente, como prometeu, para estabelecer a plenitude dessa vida e que, entretanto, transforma a solidão do meu Natal na Suprema Alegria da Sua Eterna Presença.



Um dia alguém me disse que eu tinha um olhar triste. Ainda bem que só se nota no olhar.


E amanhã o João Miguel vem aquecer o meu coração.

E depois de amanhã, a Casa de Deus.

Até que habite na Casa do Senhor por longos dias.

Obrigado, Jesus.
Por teres feito meu, o teu Natal!


AV

02 dezembro 2010



"Tenho milhares de defeitos, cometi mais erros do que vocês imaginam, mas a psicologia e a filosofia do Mestre dos Mestres é o meu modelo."


in O Vendedor de Sonhos
Augusto Cury



31 outubro 2010

DIA DA REFORMA PROTESTANTE






No dia 31 de Outubro, celebra-se o Dia da Reforma Protestante. Neste dia, no ano de 1517, o monge Martinho Lutero expunha nas portas da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses contra a venda de indulgências.


Indulgência é o mérito, por boa acção ou compra, da remissão da pena dos pecados. Verdadeiros abusos eram cometidos nesta época. As pessoas achavam que não precisavam mais da graça, da fé, da palavra de Deus, nem de Jesus Cristo, compravam uma carta de indulgência e pronto, a salvação estaria garantida. Era o pensamento da época. Era a onda religiosa do momento.

Martinho Lutero argumentou contra isso. Ensinou que a Igreja devia pregar a salvação pela graça e fé, mediante a acção de Jesus Cristo, revelado nas Sagradas Escrituras. Com certeza, nem ele tinha consciência das proporções que tomaria este movimento. Novas rupturas e até novas guerras se justificaram a partir de então. Mas também uma autêntica e verdadeira vivência do Evangelho volta a fazer-se presente, entre católicos e protestantes, motivada pela atitude de Lutero.

22 outubro 2010

PEC



Recebi, por e-mail, um texto (não datado nem assinado mas, mesmo assim, útil e interessante) que terá surgido na sequência de uma entrevista, na TV americana, à filha do conceituado evangelista Billy Graham, e que resolvi compartilhar passando a transcrever:

A filha de Billy Graham estava a ser entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou-lhe: "Como é possível que Deus tenha permitido acontecer algo tão horroroso no dia 11 de Setembro?”

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:
"Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir nas nossas escolhas, sair do nosso governo e sair das nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele nos deixou calmamente. Como poderemos esperar que Deus nos dê a Sua bênção e a Sua protecção se nós exigimos que Ele não se envolva mais connosco?"

À vista de tantos acontecimentos recentes (ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...) eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'Hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordámos com a sua opinião. Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordámos com esse alguém. Logo depois, o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater nos nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque as suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima, (o filho dele suicidou-se) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está a dizer". E então concordámos com ele. Depois, alguém disse que os professores e directores das escolas não deveriam disciplinar os nossos filhos quando se comportassem mal. Então, foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos. (há diferença entre disciplinar e tocar).
Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que as nossas filhas fizessem um aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitámos sem ao menos questionar. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantos preservativos quantos eles quisessem, para que eles se pudessem divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!" Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante, e publicou fotografias de crianças nuas, e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da Internet. E nós dissemos: "Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso". Agora nós perguntamo-nos porque é que os nossos filhos não têm consciência e porque é que não sabem distinguir entre o Bem e o Mal entre o Certo e o Errado, porque é que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou os seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: NÓS COLHEMOS AQUILO QUE SEMEAMOS!!!

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na Escola?" A resposta d'Ele: "Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!"

É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque é que o mundo está a ir a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, e duvidamos do que a Bíblia, que você diz que segue, ensina. É triste como toda a gente quer ir para o Céu, desde que não precise de crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: "Eu creio em Deus", mas ainda assim segue a Satanás, que por sinal, também "crê" em Deus. É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados! É engraçado como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas espalham-se como fogo, mas quando tentamos enviar algum e-mail a falar de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros! É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na Escola e no Trabalho. É triste ver como as pessoas ficam inflamadas de Cristo no Domingo, mas depois transformam-se em cristãos invisíveis pelo resto da semana.



Dá que pensar, não dá?

É bom que dê que pensar, mas não chega!
Há que passar à acção e com absoluta premência.

Os políticos e os portugueses em geral andam preocupados, quase em exclusivo, com o Orçamento de Estado e o PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) e com as suas ímpias e gravosas consequências na nossa vida diária. É natural e, se tal atitude levar à consciencialização para a intervenção cívica, será até, na minha modesta opinião, desejável.

Mas eu diria, e parafraseando uma piada que também recebi por e-mail, que para que a nossa sociedade seja influenciada decisivamente, é essencial e urgente que todos e cada um de nós - cristãos - não PEC mais e adira em definitivo ao verdadeiro PEC – Plano de Envolvimento com Cristo!



Abel Varandas
2010.10.21

18 outubro 2010

“Nas suas mãos estão as profundezas da terra” (Salmos 95:4)



O recente resgate no Chile dos 33 mineiros retidos durante 69 dias a cerca de 700m de profundidade, veio servir de bálsamo ao coração dos portugueses, que, nos últimos tempos, para verem, ouvirem ou lerem uma boa notícia tem que socorrer-se do noticiário internacional.
De facto foi uma “lição de vida” como muitos apelidaram mas, para mim e como também alguns disseram, foi, sobretudo, uma lição de fé.
E não de fé nas próprias capacidades (que existiram!) ou nas capacidades alheias (que também se revelaram!) mas fé em Deus.
E tal atitude viu-se quer na fé das famílias, das igrejas, dos governantes, da sociedade chilena em geral mas, acima de tudo, dos próprios mineiros. Foi sensibilizador ver alguns a sair e, como primeira atitude, ajoelharem-se e agradecerem ao Deus que, pela Sua eterna misericórdia, os havia protegido.

Mas, ficou-me particularmente na retina, aquele mineiro que trazia uma inscrição na retaguarda do seu casaco em que se podia ler a citação (em castelhano) de Romanos 8:39: “nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
A Ele toda a honra e toda a glória!”

Não posso também deixar de destacar a atitude do Presidente chileno, Sebastián Piñera, ao exaltar a fé dos mineiros e suas famílias e ao considerar o seu resgate como “uma bênção”.

No nosso pequeno país, ou antes, país pequeno [parvum(!), em latim] e perante uma perspectiva deveras sombria num futuro imediato, principalmente para os nosso filhos, em que se assistem a verdadeiros e inimagináveis retrocessos civilizacionais operados em nome e em honra do deus Mamom, suspeito que se os mineiros fossem “nossos”, já estaríamos a lamentar a anunciada morte de todos eles - “com extremo pesar e aperto no coração para as famílias em breve enlutadas” - em virtude de não ser possível sequer considerar o seu salvamento por… razões orçamentais…



(clique na imagem)


05 outubro 2010

...isto é mesmo uma república (no sentido académico!)...



Numa altura da nossa história em que os políticos (com este governo à cabeça!) destruíram este país e pedem ao povo sacrifícios imorais e inimagináveis há 100 anos atrás, o mínimo que se esperaria, como sinal de seriedade e responsabilidade, seria a suspensão liminar de todas as comemorações do 5 de Outubro. Ou será que dentro de dias nos vai ser pedido mais um "pequeno imposto" para pagar estes "vícios"?


Pois é, o ditado mudou: QUEM NÃO TEM DINHEIRO PODE CONTINUAR COM OS VÍCIOS DESDE QUE SEJAM OS OUTROS A PAGAR!!!

20 setembro 2010

A REINVENÇÃO DO PURGATÓRIO



"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor
- Carta de Paulo aos Romanos 6:23

Fiquei atónito ao ouvir recentemente, durante a Escola Bíblica Dominical*, um destacado membro da Igreja onde congrego, declarar que, para ele, é claro que a Bíblia distingue entre pecados. Nomeadamente, no Velho Testamento – continuou – existiria diferença entre pecados que Deus “abomina” e pecados que “apenas” desagradam a Deus.
Entristeçe-me verificar que este tipo de pensamento vai perdurando nas nossas igrejas. Fico a pensar que tenho irmãos na fé que, estranhamente, ainda não entenderam completa e inequivocamente o alcance da mensagem evangélica.
Esta tese vem, claramente, de encontro à “velha e católica” distinção entre pecados “mortais” e pecados “veniais”.
A minha única razão de contido agrado quando essa afirmação foi proferida foi o facto de o exemplo bíblico apontado como sustentador dessa tese ter sido retirado em exclusivo do Velho Testamento.
Efectivamente, a lei mosaica graduava os pecados e elencava pecados maiores (peccata clamantia) e pecados menores (peccata minuta).
Esta dicotomia que consideramos aceitável no tocante aos efeitos e às consequências materiais dos pecados, merece o nosso repúdio no que à sua natureza diz respeito.

Jesus, veio para cumprir a lei. No entanto, Cristo mudou o paradigma. Toda a lei se resume, se completa, em dois grandes mandamentos (cfr. Mateus 22: 33-38).

Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio acto, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” (João 8: 4,5)

O adultério era punido com a morte (cfr. Levítico 20:10). Jesus sabia disso. Ele, como Verbo, era (co-)autor da lei. A sua interpretação da lei é a única fidedigna. Por ser autêntica.
Quando lhe trouxeram a mulher apanhada em flagrante adultério, Jesus demonstrou às autoridades civis e eclesiásticas (naquele tempo estes domínios confundiam-se…e afinal a sociedade, a esse nível, não mudou assim tanto…) como para ele o pecado é pecado, PONTO FINAL!
Supostamente o adultério era um dos tais pecados que “Deus abomina” (ao contrário de outros que Deus "apenas desaprova”???!). Por isso mesmo a pena era a pena capital. Mas A suprema sabedoria d’Aquele que é AMOR, o autor da vida, do perdão, da salvação dirige uma seta de encontro ao coração daqueles pretensos “doutores”: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (João 8:7)
Para os defensores da “lista classificativa dos pecados” Jesus enganou-se. Certamente. O que Ele quereria ter dito seria: aquele de vós que está sem pecado abominável e não apenas pecado, pois isso igualaria o pecado ou os pecados o que não se coaduna com o “douto” entendimento de tais autoridades nesta matéria.
Aliás, Paulo também se terá enganado ao afirmar aos Romanos : “O salário do pecado é a morte”, pois ter-se-á esquecido de pormenorizar com rigor que tipo de pecado…

Aliviará, talvez, algumas consciências a ideia peregrina de que, permanecendo nós pecadores, só cometemos os pecados “aceitáveis” e como tal seremos pecadores sim, mas pecadores “bonzinhos” por contraponto aos “grandes” pecadores que merecem apedrejamento. Nós, pecadores mas santos, nem pensar. Só cometemos “pecadinhos” e já não “pecadões”… Já teremos atingido, quiçá, uma dimensão farisaica…

Em Lucas 18:09-14 Jesus conta-nos a parábola do fariseu e do publicano. Os publicanos (colectores de impostos, eram detestados pelos judeus e muitas das vezes envolviam-se em corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam. Sofriam, assim, um grande repúdio da casta religiosa dos fariseus) eram, entre outros, os tais autores de pecados graves que os fariseus “santos” tanto criticavam e em relação aos quais se achavam espiritualmente (e não só) superiores. Aquele publicano só conhecia um tipo de pecado, aquele de que era feito e que estava entranhado no seu ser. Aquele pecado que só a misericórdia de Deus faz perdoar. O mesmo de que Paulo sabia ser feito (Romanos 7:18,19). Aquele pecado que, outrora abundante, fez, todavia, superabundar a GRAÇA de Deus em Jesus Cristo. (vide Romanos 5.20).

Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.” (Romanos 5:21)

Qual pecado? Os muito graves, os graves, os menos graves? PECADO É PECADO.
O pecado é universal e indistinto do mesmo modo que a Graça. “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43). Não porque foste ladrão e roubar é apenas, digamos, uma "chatice"(?!), não porque os teus pecados sejam grandes ou pequenos, abomináveis ou apenas desagradáveis, mas porque apenas PELA GRAÇA SOIS SALVOS (cfr. Efésios 2:8).

Alguns pretenderão que a Graça de Deus se esgote no momento em que entregam a sua vida nas mãos do Senhor e o aceitam como único e suficiene Salvador e Senhor. Agora já acharão que podem dispensar a Graça de Deus pois estando a salvo de cometer os tais “grandes pecados” já não são só santos no sentido de separação mas também no sentido de perfeição. Mas perfeito, na minha modesta opinião, só mesmo o disparate de tal posição.

Aos olhos do nosso Deus, salário do pecado (DE TODO O PECADO INDISTINTAMENTE!) é a morte “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).
Não sabemos qual a natureza do “espinho na carne” (cfr. 2 Cor. 12:7) de que nos deu conta o apóstolo Paulo, mas, para os defensores da distinção “pecaminosa”, se se tratasse de um pecado daqueles classificável como “abominável”, então, apesar de ter escrito cartas inspiradas por Deus, de O ter servido até á morte dedicando-se a cumprir a Grande Comissão do Mestre, Paulo, o apóstolo dos gentios, dificilmente seria aceite como membro nalgumas das actuais igrejas evangélicas…

Salomão declarou: “Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina” (Provérbios 6:16).
Reconhecendo que tenho alguma dificuldade em estabelecer a diferença entre ódio e abominação a tal sétima coisa que Deus abomina é: “o que semeia contendas entre irmãos” (Prov. 6:19 in fine) .

Por isto, também, quero exprimir àquele irmão cuja posição inspirou este texto que assimilei as palavras do Senhor em João 17:21-23 e que é na diversidade de opiniões que está, também, a riqueza da Igreja de Cristo. Deste modo, é com Amor e como mera expressão da minha interpretação do texto bíblico, que escrevo estas linhas.

Foi o mesmo Paulo que afirmou à igreja local em Corinto: “até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” (1 Cor. 11:19)
E estes, os sinceros, como disse O Sábio, tem intimidade com Deus. Ele só abomina o perverso. (Prov. 3:32)

Importa, contudo, não esquecer uma verdade insofismável:
Por muito jeito que desse, eventualmente, a alguns, o purgatório não existe mesmo!



Abel Varandas
2010.09.20



[*A discussão surgiu a propósito de qual seria a eventual atitude da igreja perante um candidato a membro que assumisse publicamente a sua homossexualidade ou tendência para qualquer pecado de índole sexual, em contraponto com um outro que declarasse a sua própria avareza, inveja ou propensão para a mentira. A tendência nas nossas igrejas evangélicas seria a de, certamente, acolher com mais facilidade o segundo que o primeiro. Segundo a tese dos defensores da dicotomia de classificação dos pecados, existe razão bíblica para essa atitude pois os primeiros daqueles pecados, ao contrário dos outros, integraria o elenco dos pecados “abomináveis” ao Senhor. Aos caros irmãos defensores dessa tese, e a título meramente exemplificativo da falácia, da sua argumentação, convidaria a uma leitura atenta de Provérbios 12:22]

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Nota: As referências bíblicas são da versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel da Sociedade Bíblica Brasileira disponível online em http://bibliaonline.com.br (destacados nossos).

12 setembro 2010

O castigo dos loucos é a sua própria loucura *


Micro-excerto da entrevista dada por JOHN CRAIG VENTER
(cientista que traçou o mapa do genoma humano) à Jornalista Gabriela Carelli da Revista VEJA e publicada na Revista FOCUS de 08/09/2010 sob o título "Não acredito em Deus":


" - Alguma coisa contra Deus?

- Não acredito em Deus, mas
tenho fé em Darwin, que é a inspiração para todo o meu trabalho
.(...) "

Para quem ainda tinha dúvidas de que o darwinismo não passa de uma mera religião...


"...NÃO TE FIES NA TUA PRÓPRIA INTELIGÊNCIA."
(Prov. 3:5 A Boa Nova em Português corrente)
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* Prov. 16:22 O Livro

08 setembro 2010

O EVANGELHO DA RIQUEZA por David Brooks (Jornalista)



As pessoas nos EUA não vão renunciar ao materialismo, que está no centro da sua identidade nacional. Mas o país está a redefinir os estilos de vida que são social e moralmente aceitáveis

Na primeira década do século XXI pode bem vir a ser conhecida como a grande era do espaço vital. Nesses anos, as casas novas tinham pés-direitos de 6 metros e era preciso inventar formas de arte inteiramente novas para encher os hectares extra de parede.

As pessoas compravam veículos tipo bolbo, como Hummers e Suburbans. A regra era que quanto mais pequena fosse a mulher, maior seria o carro. Daí verem-se senhoras de 40 kg, de equipamento branco de ténis a rigor, ao volante de verdadeiros camiões de quatro toneladas, com espaço suficiente acima da cabeça para poderem levar às cavalitas a parceira do jogo de pares. Quando os arqueólogos do futuro escavarem os vestígios dessa época, concluirão que algures, por volta de 1996, os EUA foram vítimas de uma onda de claustrofobia e que se arruinaram na busca de algum alívio para esse mal.

Só que essa conjuntura económica fez puf! e as normas sociais mudaram entretanto. O hipergrande parece agora vagamente ridículo. E também os valores mudaram.

Presentemente, a taxa de poupança aumentou e os publicitários inteligentes apostam na contenção e na respeitabilidade próprias das pequenas localidades. O movimento de protesto Tea Party é militantemente burguês. Recorre a meios tipo Abbie Hoffman para regressar a fins tipo Norman Rockwell.

Nos próximos anos de crescimento lento, as pessoas não deixarão de estabelecer novas normas e de procurar maneiras não económicas de encontrar significado. Uma das figuras mais interessantes desse novo esforço de redimensionamento é David Platt.

Platt obteve dois mestrados e um doutoramento no Seminário Teológico Baptista de Nova Orleães. Aos 26 anos, foi contratado para chefiar uma igreja suburbana com 4 300 pessoas em Birmingham (Alabama), tornando-se o mais jovem megadirigente religioso dos Estados Unidos e talvez da América. Platt começou a sentir-se cada vez menos à vontade no papel em que se tinha deixado enredar e escreveu sobre isso num livro recente, intitulado "Radical: Taking Back Your Faith From the American Dream", que aborda muitos dos temas que, nos últimos anos, têm vindo a circular nos 20 e tantos círculos evangélicos. O primeiro alvo de Platt é a própria mega-igreja. Nos EUA foram construídos palácios de culto de vários milhões de dólares, afirma. Estes tornaram-se como grupos empresariais, disputando quotas de mercado por meio da oferta de centros sociais, programas de cuidados infantis, entretenimento de primeira qualidade e de um cristianismo de comodidade e de grande consumo. Jesus, frisa Platt, não facilitou a vida aos seus seguidores. Criou uma mini-igreja, não um mega-empório. Hoje em dia, porém, os orçamentos das obras de construção civil são gigantescos quando comparados aos das obras de caridade e Jesus é representado como um suburbano fixe e genial. "Quando nos reunimos na nossa igreja (edifício) para cantar e erguer as mãos em oração, podemos até não estar a adorar o Jesus da Bíblia. Podemos estar, de facto, a adorar-nos a nós próprios."

A seguir, Platt visa o sonho americano. Quando os europeus começaram a instalar-se, viram a abundância natural do novo continente e chegaram a duas conclusões: poderia ser aqui concretizado o plano de Deus e poderiam chegar a ser francamente ricos enquanto O ajudavam a fazê-lo. Esta noção evoluiu para a de que temos dois chamamentos interdependentes: construir neste mundo e preparar-nos para o próximo.

A tensão entre o Bom e a Abundância, entre Deus e Mamon, tornou-se nuclear na vida dos Estados Unidos, desencadeando potentes energias e explicando o porquê de os EUA serem simultaneamente tão religiosos e tão materialistas. Aí, as pessoas são materialistas morais e espiritualistas que trabalham a materialidade. Platt pertence à tradição dos que não acreditam que estas duas esferas sejam conciliáveis. O mundo material é demasiado destruidor da alma. "O sonho americano difere radicalmente do chamamento de Jesus e da essência dos Evangelhos", defende. O sonho americano dá ênfase ao engrandecimento e crescimento pessoais. As nossas capacidades são os nossos melhores trunfos. Mas os Evangelhos rejeitam a ênfase na própria pessoa: "Na verdade, Deus gosta de exaltar a nossa incapacidade". O sonho americano privilegia a ascensão sócio-económica, mas "o êxito, no Reino de Deus, passa pelo despojamento, não pelo engrandecimento." Platt apela aos seus leitores no sentido de usarem de contenção no estilo de vida. Deve viver-se como se se ganhasse 50 000 dólares por ano e doar tudo o que for acima disso, propõe. As pessoas deveriam consagrar um ano a entregar¬se a Deus, mudar-se para África ou para uma parte do mundo vitimada pela pobreza, e evangelizar.

Os argumentos de Platt são velhos, mas surgem num momento pós-excessos, quando as atitudes para com a vida material estão desvalorizadas. O livro dele tocou um nervo sensível. O seu tomo sobre a renúncia vende-se como pãezinhos quentes. As críticas literárias são calorosas. Os leitores, em locais como a Convenção Baptista do Sul estão a apelar aos cidadãos para que renunciem ao sonho americano.

Duvido que estejamos prestes a assistir a um descartar colectivo de iPods. As pessoas nos EUA não vão renunciar ao materialismo moral que está no cerne da sua identidade nacional. Mas o país está, claramente, a redefinir que tipo de estilo de vida é social e moralmente aceitável e quais os que o não são. E pessoas como Platt são fundamentais para esse processo.

Os Estados Unidos tiveram em tempos um evangelho da riqueza: um código de contenção moldado por muita gente, desde Jonathan Edwards a Benjamin Franklin e a Andrew Carnegie. Esse código foi concebido para ajudar o país a lidar com a sua própria afluência. Desgastou-se e, nos próximos anos, será redefinido.



Exclusivo i/The New York Times

- in Jornal i de 8 de Setembro de 2010

02 setembro 2010

A aldeia dos gauleses*

(Contributo para a História de uma Aldeia)


GRAVIS MALAE CONSCIENTIAE LUX **
[Séneca, Epistulae Morales 122.14]


Era uma vez uma pequena aldeia situada a Norte da zona Sul e encravada entre o Oriente e o Ocidente do ponto onde ficava.
Rodeada de Romanos por todos os lados que tinham resolvido invadi-la e fazer dela uma ilha deserta (salvo seja).
Só que a tarefa estava a ser dificultada pelos corajosos guerreiros gauleses que não se deixavam vencer e defendiam a sua pequena aldeia como verdadeiros bravos.

Diga-se que a aldeia havia sido fundada pela carolice de meia dúzia de habitantes do Império que, fartos de ser espoliados nos seus direitos laborais, corporizaram o sonho de criar uma aldeia independente e que lutasse afincadamente por esses mesmos direitos. Liderados por um grupo de fundadores donde sobressaíam Bracarix e Belarminix coadjuvados pelo carregador do menir, Abelix.

Enquanto Bracarix foi o líder incontestado a aldeia prosperou, conseguiu promover a imigração, não passou por quaisquer problemas orçamentais e nem teve necessidade de quaisquer PEC’s. E, acima de tudo, era respeitada pelos seus arqui-inimigos.

Mas surge então um candidato a destronar Bracarix e a pureza inicial do projecto da aldeia, sucedendo a Abelix que num momento pior da vida pessoal de Bracarix o havia substituído interinamente na presidência da aldeia.

Tratou de mudar a aldeia para Sul da zona Norte e decide, de per si, construir um palácio presidencial à sua imagem e para seu gáudio exclusivo.

O “umbiguismo visceral” de Mobutix Caudilhix Dementix Paranoidix de Grandix Bostix , de seu nome completo, provindo do clã ancestral dos DITADORIX , foi, paulatinamente, degradando o ambiente na aldeia, degladiando o seu património, adquirindo bens sumptuosos para ornamentar o seu ego e para alimentar caprichos ilegítimos que passavam até por pagar “dívidas alheias” com fundos colectivos da aldeia.
Perante algumas objecções de Bracarix que se tinha tornado, entretanto, Ministro das Finanças da aldeia, o “grande líder” Mobutix apelidava-o de “esclerozado”, “senil” e outros epítetos semelhantes e nada abonatórios.

Entretanto, Paranoidix faz-se assessorar pelo inevitável Abelix, que lá foi carregando o menir e que nem se deu mal com o Dementix enquanto as suas opiniões “operacionais” eram quase em absoluto coincidentes com as do Caudilhix. Chegaram, julgava Abelix na sua boa-fé, a ser amigos.

Mas, um belo dia, alguns anos após uma assembleia de aldeia em que um texto emanado do órgão presidido por Bracarix levantava algumas objecções ao rumo financeiro algo obscuro que a aldeia havia encetado (e que por vir assinado pelo “Conselhix Fiscalix”, Mobutix nem sonhou ter sido redigido por Abelix…) – um belo dia, dizia eu, Abelix, farto de assistir passivamente a uma política financeira que envergonharia (por deles revelar a ingenuidade) até os ancestrais membros do clã Ditadorix (e onde até as peças de ferramenta que Bostix adquiriu para “formatar” o palácio, pagas pelos aldeões e que como tal deveriam ser colectivas, acabam na sua mala pessoal), resolveu, ainda que de forma discreta, afrontar o Caudilhix com uma carta PESSOAL E CONFIDENCIAL que lhe dirigiu onde lhe exprimia a sua preocupação com o rumo financeiro da aldeia.

A verdadeira natureza de pessoa mal formada que, na realidade Dementix ostentava ainda que, aqui e ali, a soubesse ofuscar com algum “jogo de cintura” teatralizado, veio ao de cima. Numa atitude própria apenas da “rasquice” que o caracteriza, resolve tornar público o conteúdo dessa carta, após o decurso de alguns meses que precisou para “cozinhar” uma resposta que, de tão aviltante e bacoca, só a si mesmo degradou, sem, entretanto, ter a coragem sequer de interpelar o portador do menir. Mas, sabemos que a coragem é um apanágio exclusivo dos Grandes. E Grandix Bostix nem médio era e persiste em diminuir!

Quando, posteriormente, o “senil” Bracarix se reformou, Mobutix Bostix, num exercício de hipocrisia aguda, até de HEROI E MESTRE o apelidou. Não que este não mereça, plenamente e por mérito próprio, aqueles qualificativos. Mas, não fica nada bem a quem em privado gratuitamente insulta vir, publicamente, elogiar com exuberância. Vícios privados, públicas virtudes…

Mas a suprema “bacoquice” ainda estava para vir!!!

Na sequência de uma vitória (jurídica) em confronto com os Romanos, Paranoidix vem sugerir, explicita, publicamente e sem qualquer decoro***, que se erga uma estátua ou se crie uma “estrela” ao estilo do passeio da fama “hollyodesco” à porta da sede do Palácio Romano, ao causídico Assassinix que, entretanto, fez apenas e só o que lhe competia e compete a qualquer mandatário judicial: ganho de causa. Ou será que o merecimento seria efectivo porque, na opinião de Caudilhix, a expectativa justa e razoável só poderia ser a da derrota?

À beira da insanidade global, perene e irreversível e à frente de uma aldeia onde a emigração se tornou regra e como tal na senda da desertificação inevitável, apesar de ter mudado o nome da aldeia numa tentativa infrutífera de inverter esse processo, o apalhaçado Mobutix vai resistindo mergulhado na sua própria baba, auto-exercitando a ridícula vanglória e o pendor patético das suas atitudes e alimentando uma postura absolutamente demencial e crescentemente esquizofrénica.


GRATIA MALORUM TAM INFIDA EST QUAM IPSI ****
[Plínio Moço, Epistulae 1.5.16]





O Cronix deste Reino

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* Não confundir com outra qualquer aldeia gaulesa onde, aí sim, pontificam verdadeiros heróis do imaginário colectivo.

** É insuportável a luz para a consciência culpada

** De registar, com alguma comoção, confesso, o facto de Bostix, indulgentemente, não se ter olvidado de Abelix nessa missiva. Bem-hajas Palermix, perdão(?!)… pois…

**** O favor dos maus é tão traiçoeiro quanto eles mesmos
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Abel Varandas
31 de Agosto de 2010

04 agosto 2010

Até já, mamã! [2]






Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.




Jesus Cristo







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Bem-hajam todos os que me abraçaram neste "até já"

- Abel Varandas

01 agosto 2010

Até já, mamã!



Iria de Paiva Varandas


30 de Novembro de 1931 - 1 de Agosto de 2010



Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.
Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor.
[Apocalipse 21:4]


20 junho 2010

Meu Caro José (Epílogo)



Pormenor de "As Tentações de Santo Antão" de Hieronymus Bosch
(1450 – 1516)
Museu Nacional de Arte Antiga




"Olho de cima da ribanceira a corrente que mal se move, a água quase estagnada, e absurdamente imagino que tudo voltaria a ser o que foi se nela pudesse voltar a mergulhar a minha nudez da infância, se pudesse retomar nas mãos que tenho hoje a longa e húmida vara ou os sonoros remos de antanho, impelir, sobre a lisa pele da água, o barco rústico que conduziu até às fronteiras do sonho um certo ser que fui e deixei encalhado algures no tempo."

José Saramago
in As pequenas memórias

18 junho 2010

Meu Caro José (parte 2)



Agora que já sabes que eu existo, em breve avaliarás o que perdeste.
- Criador

1922 - 2010

02 junho 2010

PARABÉNS FILHO QUERIDO!



Também estou de Parabéns!
Faz 17 anos que encontrei a felicidade única de ser teu pai.
A minha gratidão sentida ao Criador pelos teus 17 anos de vida, João Miguel!

14 maio 2010

DESABAFO



O recente “rompimento” definitivo entre mim e Albina levou-me a ponderar terminar este blog. Não que este espaço esteja directamente ligado com o que foi aquela relação (apesar de ter sido criado na sua pendência) mas porque a angústia imensa sobre a minha vida que aquele “final” está a representar me deixa pouca clarividência, neste momento, para continuar.
Estou, porém, decidido a recuar nessa intenção.

Desde o início da relação que pensei e, sobretudo, desejei acabar os meus dias ao lado de Albina. Construindo o lar que, afinal, acabei por nunca ter. Mas chego agora à conclusão que esse lar nunca existiu e, provavelmente, nunca existirá tão-somente porque o peso de uma infância tão distorcida e atribulada como a que tive (juntamente com meu irmão de sangue cuja vida é um drama bem maior ainda), não deixou margem para que a minha estrutura interior adquirisse a maturidade necessária e fosse suficientemente forte para poder ultrapassar traumas absolutamente marcantes e tristemente definidores da minha personalidade e do meu percurso como pessoa.
E se amar não é fácil muito mais difícil se torna amar o outro exactamente como é. E se esse outro for eu, então, a dificuldade acresce.
Creio que Albina nunca foi capaz de me amar como sou. Mas não a culpo por isso. Eu não sou mesmo nada fácil. Reconheço.
E reconheço, até, que também não a amei como devia. Apenas como sei. E talvez saiba demasiado pouco.

E ela tinha mesmo razão quando sussurrava, antes sequer de iniciarmos a nossa relação: “Com aquele irmão? Com aquele passado? Nem pensar!”

Mas desengane-se quem julgar que, apesar da dor, da amargura e da ausência tão difíceis de suportar, fiquei só.
Como pode estar só, alguém que tem o melhor filho do mundo?
Como poderá queixar-se de solidão alguém a quem foi prometido pelo Pai “Não te deixarei nem te desampararei!”? Ou quem tem consciência de que O Mestre está consigo até à consumação dos séculos?
Ou quem já se sente integrado numa comunidade (Igreja Evangélica Baptista de Cedofeita) onde foi aceite exactamente como é. Sem perguntas nem restrições e com verdadeiro ágape?

“A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta.”
Salmo 63:8

É à sombra da tua destra que quero descansar, Senhor!

E persistir em Te servir de todas as formas que, ainda, me forem permitidas.

Com meus irmãos. Contigo. Por Ti. Para Ti. Até àquele dia.

Só(,) para Tua Glória.


Abel Varandas

03 maio 2010

Para ti, mulher da minha vida!



História

Foste céu, foste mar
Foste sol, foste sal
Foste luar, foste beleza
Foste a música
Em acordes de encantar
Foste o sim e a certeza.
Foste primavera
Foste verão
Acalmaste a fera
Firmaste meu chão

Foste topo, foste cume
Foste chama do meu lume
Foste vida, foste incenso
Perfume no meu lenço

O outono enfim chegou
O inverno acordou
A vida cedeu
O amor perdeu.

Foste.
Sem voltar.
Foste.

O nosso amor há-de durar.
Não morrerá.
Eu já.



Abel Varandas

20 abril 2010


ENSAIO
Filosofia e religião
João Carlos Espada *



Anthony Garrard Newton Flew
(11 de Fevereiro de 1923 – 8 de Abril de 2010)


Como o ateu mais conhecido do mundo mudou de opinião": este é o subtítulo de um livro recente do professor Anthony Flew ("There Is a God: How the World's most Notorious Atheist Changed His Mind", 2007/2008). Não posso avaliar se ele era ou não o ateu mais conhecido do mundo, mas era seguramente bastante conhecido.

TEOLOGIA E FALSIFICAÇÃO
Em 1950, numa sessão do Oxford University Socratic Club, presidida por C. S. Lewis, Flew apresentara uma comunicação que ficou famosa: "Theology and Falsification". A tese era inspirada na teoria da refutação de Karl Popper e pretendia excluir a hipótese de existência de Deus com base no argumento de que essa hipótese não era susceptível de refutação (Popper, diga-se de passagem, nunca subscreveu esse argumento de Flew). Mais tarde, Flew desenvolveria o argumento em dois livros com bastante sucesso: "God and Philosophy" e "The Presumption of Atheism".

Durante mais de 50 anos, Anthony Flew foi sem dúvida um influente crítico da religião, bem como um filósofo respeitado, que ensinou em Oxford, Reading, Keele e Aberdeen. O anúncio público da sua conversão, em 2004, criou de facto um certo furor, sobretudo no mundo de língua inglesa. Embora muitos outros filósofos e cientistas tenham ultimamente escrito em defesa da existência de Deus, o caso de Flew assume no entanto um interesse especial. Tendo sido um reputado ateu com base na razão, agora defende que, precisamente com base na razão, foi levado a concluir que Deus existe.

EM NOME DA RAZÃO
"Agora acredito", escreve Anthony Flew, "que o universo foi trazido à existência por uma Inteligência infinita. Acredito que as intricadas leis deste universo manifestam aquilo que os cientistas têm chamado a Mente de Deus. Acredito que a vida e a reprodução têm origem numa Fonte divina." (p. 88)

Como explicar estas novas convicções de Anthony Flew, quando ele passara 50 anos a defender o contrário? A resposta é simples, diz o autor: "Esta é a visão do mundo que emerge da ciência moderna. A ciência destaca três dimensões da natureza que apontam para Deus. A primeira reside no facto de a natureza obedecer a leis. A segunda é a dimensão da vida, de seres inteligentemente organizados e que se dirigem por propósitos, que emerge da matéria. A terceira é a própria existência da natureza." (p. 89)

ABERTURA RACIONAL
Não se trata de uma mudança de paradigma, explica Anthony Flew, porque o seu paradigma continua o mesmo, ditado por Sócrates: "seguir o argumento [racional], onde quer que ele leve".

Uma questão relativamente óbvia emerge desta explicação. Se Anthony Flew sempre se pautou pelo mesmo princípio - seguir o argumento racional, onde quer que ele leve -, por que razão não foi conduzido antes à hipótese de Deus? A resposta é interessante: porque, explica ele, o seu entendimento de razão não era suficientemente aberto a todas as hipóteses explicativas para a grande pergunta "por que razão existe alguma coisa em vez de nada?".

UMA PARÁBOLA
Comecemos com uma parábola, propõe Anthony Flew. Imaginemos que um telefone por satélite aparece numa ilha habitada por uma tribo que nunca teve contacto com a civilização. Os nativos carregam ao acaso nas teclas e ouvem diferentes vozes humanas após digitarem algumas sequências. Assumem que é o instrumento que produz aquelas vozes.

Surge então um membro solitário da tribo que diverge dos outros. Este propõe outra hipótese: o aparelho está basicamente a comunicar com outros seres humanos, que existem para lá dos limites estreitos da única ilha que a tribo conhece. A tribo responde com uma gargalhada geral: isso é pura superstição. Basta ver que, uma vez destruído o aparelho, as vozes deixam de se ouvir. Logo, as vozes são produto do aparelho.

FACTOS E PRECONCEITOS
Este é um exemplo, diz Anthony Flew, de como ideias preconcebidas dão forma aos dados empíricos, em vez de se deixarem desafiar pelos dados empíricos. Algo semelhante acontece quando os ateus (como era o seu próprio caso) dizem que "não devemos procurar uma explicação para a existência do mundo, ele simplesmente existe". Ou quando "porque não podemos aceitar uma fonte transcendente da vida, simplesmente escolhemos acreditar no impossível: que a vida emergiu espontaneamente e por acidente da matéria". Ou ainda que "as leis da física são 'leis sem lei' que emergem do vazio" (pp. 85-87).

Publicado em 17 de Abril de 2010 in Jornal i (www.ionline.pt)
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* Doutorado em Ciência Política em Oxford. Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e da revista “Nova Cidadania”. É também presidente da Churchill Society de Portugal.

03 abril 2010

QUE MARAVILHOSO AMOR É ESTE?



“Enquanto Ele escorrega lentamente nos pregos cravados nos pulsos, uma dor alucinante dispara ao longo dos dedos, subindo pelos braços, para explodir no cérebro; os pregos nos pulsos colocam pressão nos nervos médios. Quando tenta elevar o corpo para evitar o tormento de esticar a carne, coloca todo o peso nos pregos que atravessam os Seus pés. Mais uma vez, a agonia dos pregos rasgando os nervos entre os ossos dos pés. Enquanto os braços se cansam, cãibras atravessam os músculos, deixando-os numa profunda, inexorável, latejante dor. Com estas cãibras vem a incapacidade de se erguer para poder respirar. O ar consegue chegar aos pulmões, mas não é expelido. Ele luta por se erguer para conseguir respirar um pouco… horas desta interminável dor, ciclos de terríveis e dilacerantes cãibras, asfixia intermitente e parcial, dor abrasadora cada vez que o tecido é afastado das Suas costas laceradas, sempre que Ele se movimenta para cima e para baixo contra a madeira áspera. É então que outra agonia começa: uma profunda, esmagadora dor no peito quando o pericárdio lentamente se enche de soro e começa a comprimir o coração. Agora está quase a terminar, a perda de fluidos dos tecidos atinge um nível crítico. O coração comprimido luta por fazer chegar aos tecidos o pesado, espesso e preguiçoso sangue. Os pulmões torturados estão a fazer um esforço hercúleo para respirar pequenos goles de ar. Ele consegue sentir o calafrio da morte deslizando pelos seus tecidos…finalmente pode deixar o Seu corpo morrer”



(Descrição de um médico citada por C. Truman Davis na sua obra The Expositor’s Bible Commentary)

- in A PALAVRA PARA HOJE nº 15 (www.ucbportugal.pt)
02 ABR SEXTA- FEIRA SANTA

28 março 2010

SOBERBO! IMPERDÍVEL!




O LIVRO DE ELI
(by The Hughes Brothers)

Apesar de uma roupagem já nossa conhecida, e até "estafada", na esteira da saga "MAD MAX", surge uma proposta que encerra uma outra dimensão que nos surpreende.
Se o ponto de partida é imensamente discutível e envolve uma visão pós-apocalíptica catrastofista e pouco (ou nada) biblicamente escatológica (diga-se que seguramente também não seria essa a sua intenção!) e com alguma violência gratuita à mistura, o que também não é nada de novo no género, a mensagem subjacente é a de um Deus Todo-Poderoso que não permite, sob nenhum pretexto, que a Sua Palavra desapareça da face da Terra. O que só vem corroborar aquilo que é um facto histórico e absolutamente comprovável.
É, aí, que surge um filme profundamente inspirado na declaração que encontramos no Evangelho segundo S. MARCOS capítulo 13 e versículo 31 em que as cenas finais só nos podem levar, inevitavelmente, a prestar adoração a um Deus que de uma forma MAJESTOSA preserva a Sua Palavra como demonstração cabal da Sua imensa Graça.

Simplesmente magnífico o epílogo em que Eli declara, depois de "entregar" a Bíblia, como Paulo:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" .

De realçar para além das excelentes perfomances de Gary Oldman (Carnegie), Mila Kunis (Solara), da presença do consagrado compositor Tom Waits (Engineer) e alguns outros, a soberba interpretação, na linha afinal do que já nos habituou, do talentosíssimo Denzel Washington (Eli) que também co-produz a obra.

Não percam! Especialmente aqueles jovens que , como o meu filho, não tem qualquer apetência por ir à Igreja mas para quem Deus na Sua infinita misericórdia, prepara outras formas, tão do seu agrado, para os alcançar!


Soli Deo Gloria

14 março 2010

Descoberta arqueológica dá razão às Escrituras

Simon James Wadsworth


A arqueóloga Israelita, Eilat Mazar, comunicou uma descoberta emocionante, uma prova de que a recente descoberta de fortificações em Jerusalém datam de há 3.000 anos. Com base na idade dos cacos de cerâmica que ela encontrou no local, Mazar acredita que as fortificações foram construídas por Salomão, como descreve o Velho Testamento.Claro que se trata de uma notícia interessante para os Judeus e Cristãos, mas há muito mais envolvido do que se poderia esperar. Como informou a Associated Press (AP), "se a idade do muro está correcta, a descoberta seria uma indicação de que Jerusalém era a casa de um governo central forte, que tinha os recursos materiais e humanos necessários para construir fortificações maciças no século 10 A.C.
"Isso é uma contradição directa das opiniões de alguns estudiosos que acreditam, como a AP relata, "que a monarquia de David [e de Salomão] era em grande parte mítica e que não havia nenhum governo forte naquela época.
"Não admira que Mazar chame ao muro "a construção mais importante que temos dos dias do Primeiro Templo em Israel." E se ela está certa, temos um outro elo na longa cadeia de evidências que demonstra a veracidade histórica da Bíblia.
Como eu disse anteriormente descobertas como estas são dignas de entusiasmo, apesar de necessitarmos de ter cuidado para não exagerarmos. Toda a descoberta arqueológica, histórica, científica que fazemos e que dá razão às Escrituras é uma boa notícia. Lembram-nos que a Bíblia é um registo de pessoas, lugares e eventos reais que, como Dorothy L. Sayers diz, Jesus Cristo “nasceu na história", não na mitologia.
Numa altura em que a veracidade da Bíblia está sob o ataque de todos os lados, estes lembretes são sempre refrigerantes e encorajadores.
No entanto, ao mesmo tempo, a principal fonte das nossas crenças deve continuar a ser a própria Bíblia. Eu fiz deste ponto questão de honra há vários anos atrás, quando os arqueólogos descobriram um ossuário, isto é, uma caixa de ossos rotulado "Tiago ... irmão de Jesus." Até hoje há controvérsia sobre a autenticidade do ossuário.
Mas mesmo que a descoberta de um ossuário ou uma muralha da cidade corrobore o que diz a Bíblia, isso não torna os factos bíblicos mais factuais - simplesmente os confirmam. E como o historiador Paul Johnson (foto ao lado) diz, as evidências que confirmam a exactidão das Escrituras está a escalar - tanto que os cépticos, não os cristãos, devem temer o curso das descobertas científicas.
Mas lembre-se sempre que a Bíblia é a sua própria testemunha credível, independentemente de fontes secundárias a confirmarem ou aparentemente a contradizerem.
Se nos deixarmos absorver demasiadamente por cada descoberta que parece apoiar a Bíblia, corremos o risco de edificar a nossa fé sobre uma fundação nada sólida. E corremos o risco de ficarmos decepcionados e desiludidos se um determinado artefacto for de alguma forma desacreditado.
É melhor edificar a nossa fé sobre a rocha sólida da Palavra de Deus - mesmo que as evidências continuem a escalar, desta vez de um monte de escombros antigos que apontam para a veracidade da Palavra de Deus.
Há vários anos atrás, Paul Johnson fez um discurso notável no Seminário de Dallas denominado "Um Historiador olha para Jesus." É uma das melhores composições sobre a veracidade e exactidão das Escrituras que eu encontrei.
Chuck Colson

08 março 2010

Pensamento do dia


Aquele que pensa que é demasiado grande para fazer coisas pequenas, talvez seja demasiado pequeno para fazer coisas grandes.

(- Autor desconhecido)

02 março 2010

Ser feliz


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recondito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

-
Augusto Cury

16 fevereiro 2010


Entrevista a Paul Young: A Vida, se calhar, tem cura

Por Catarina Homem Marques

Paul Young, autor de A Cabana, um bestseller internacional que chegou agora aos tops das livrarias portuguesas, explica o que o levou a escrever a novela: uma história em que o protagonista conversa com Jesus e deus na cabana onde anos antes a sua filha fora brutalmente assassinada


Como é que descreve este livro?
Descrevo-o como um livro de mistério/suspense sob a forma de ‘what-if’ ( e se?). E se existe um Deus que realmente está envolvido nos pormenores da nossa vida? Como é que isso mudaria a forma como vivemos?

Porque decidiu escrevê-lo?
Fui sempre um escritor, mas nunca pensei em publicar. A minha mulher, Kim, encorajou-me a escrever algo como presente para os nossos seis filhos, com idades entre os 16 e os 19 anos. O que ela pediu foi: ‘Poderias escrever algo que reunisse as tuas ideias, porque pensas fora dos esquemas habituais?’. Por isso, para o Natal acabei o primeiro rascunho e fiz 15 cópias para a família e amigos. O livro cumpriu o seu objectivo e voltei aos meus três empregos.

Que mensagem quis passar aos seus filhos?
Quis fazê-lo através de uma história, porque acho que as nossas história dizem muito sobre o que nos vai no coração. Quis abrir o coração aos meus filhos. O livro contém muitas das questões com que me deparei à medida que fui crescendo, questões sobre Deus, a dor e o sofrimento, sobre a nossa grande tristeza e o processo de cura. Quis que os meus filhos se apaixonassem pelo Deus que eu encontrei; Pai, Filho e Espírito Santo que seguem cada ser humano com infindável ternura e amor e que nos convidam para uma relação que nos cura.

Isso ajudou-o a lidar com os fantasmas da sua própria vida e do seu passado?
Já tinha lidado com esses fantasmas muito antes de me sentar a escrever esta história … por isso a história é uma expressão da cura e não tanto parte de um processo de cura. Descobri que o livro tem ajudado muita gente a abrir-se às pessoas que amam e a lidar com a sua própria grande tristeza. Por isso estou muito agradecido.

Há quem lhe chame uma novela cristã. Tinha um objectivo religioso? É uma tentativa de evangelizar?
De maneira nenhuma. Se eu tenho algum tipo de objectivo religioso, é o de expor a religião como uma tentativa de controlar a vida dos outros. É melhor que eu defina ‘religião’. Religião é qualquer tentativa de agradar a Deus, quer através das motivações da vergonha ou do medo. Acredito que todas as religiões sejam, fundamentalmente, o mesmo, uma tentativa de através da acção agradar a Deus; são apenas a s regras e obrigações que diferem. Não acredito que Jesus tenha vindo para criar uma nova religião para competir no mercado das religiões, mas para destruir a ideologia religiosa introduzindo o relacionamento. Quando entramos numa relação, perdemos controle e embarcamos num mistério … pergunte a qualquer homem casado… Também há quem lhe chame heresia.

O que pensa disso?
Ainda acredito que Jesus cura pessoas no Sabbath. Lembremo-nos que ao ter feito isso Jesus enfureceu a elite religiosa. A ideia de que Deus é amoroso, misericordioso e que procura relações pessoais … gera tanta fúria agora como no tempo de Jesus. Sinto-me seguro de que esta história está assente na teologia ortodoxa, apenas usa uma imagética que muitas vezes está fora da ‘caixa’ em que as pessoas colocam Deus.

É um livro demasiado controverso para cristãos e demasiado católico para leigos?
Para alguns isso será certamente verdade, mas para a maioria a história não é sobre cristãos contra leigos, de forma nenhuma. É sobre a vida, dor, perda, Deus .. questões que interessam a qualquer ser humano. A própria categorização de cristãos versus leigos cria um tom religioso, desnecessário na minha opinião. Quando as pessoas me interrogam se sou cristão, pergunto-lhes: o que acha que é um cristão e eu digo-lhe se sou um deles. Não me importo de ser chamado cristão desde que concorde com a definição. E na maioria das vezes não concordo. Sou um seguidor de Jesus, é certo, mas não sou uma pessoa religiosa. A religião nunca irá curar-nos, só o relacionamento o fará. Toda a vida, para mim, é agora sagrada.

Qual é o significado do título e o uso da cabana como cenário?
A cabana é uma metáfora para a alma/coração do ser humano. É a casa que as pessoas nos ajudam a construir à medida que crescemos. Mas muitos de nós, eu incluído, não recebemos grande ajuda, por isso as nossas almas estão arruinadas (como uma cabana), estão repletas dos nossos vícios e é onde escondemos os nossos segredos. É um sítio onde não queremos deixar ninguém entrar.

Qual o interesse de apresentar Deus como uma mulher africana?
Para ultrapassar os estereótipos, as várias ‘caixas’ em que enfiámos Deus. A Imagética, nas Escrituras, nunca foi feita para ‘definir’ Deus, mas mais para nos fazer entender a natureza e carácter de Deus. Deus é descrito como uma rocha, uma fortaleza, uma águia, uma galinha. Isto não quer dizer que Deus tenha penas. Deus é definido como ‘Pai’, não para o definir como do sexo masculino, mas para nos fazer entender a natureza e o carácter deste Deus que nos ama como seus filhos. Mas muitos de nós foram tão magoados pelos seus próprios pais que imaginar Deus como uma mulher (uma mãe) permite-nos querer correr para o seu colo.

Esperava tornar-se um fenómeno? O que acha disso?
Nunca tal me ocorreu. Apenas escrevi para os meus seis filhos, como um presente. Para mim tudo o que acontece é uma dádiva de Deus, uma manifestação da sua graça e misericórdia. Estou cheio de gratidão por fazer parte de algo que está a tocar o coração de milhões de pessoas e desta forma mudar o mundo para melhor. Sinto-me esmagado.


- in Semanário SOL, 16 de Outubro de 2009

12 fevereiro 2010

A CABANA (The Shack) de Wm. Paul Young



"A escuridão esconde a verdadeira dimensão dos medos, das mentiras e dos arrependimentos(...). A verdade é que são mais sombra que realidade, por isso parecem maiores no escuro. Quando a luz brilha nos lugares que eles ocupam dentro de ti, começas a vê-los tal como são realmente."

- in A CABANA, William Paul Young, Porto Editora, 2009


"Esta história deve ser lida como se fosse uma oração - a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, leia A Cabana."

- Michael W.Smith (cantor e compositor de música gospel)

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