31 dezembro 2011

Para ti que, com a tua amizade, te fizeste família!


PLENO

Há uma imagem
Um olhar
Na ternura de um beijo
Um abraço apertado
Por entre a solidão
Nesta brandura
Incontida e doce
Por um desejo
Premente.

O firmamento
Anunciando
O contorno
De um rosto
Naquela estrada
Deserta.

Envolto em névoa
Prenho de luz
Cheio de aromas
Pleno.
Perpétuo.


(Inspirado em Mateus 12:46-50)

Feliz 2012
Abel J. Varandas
2011.12.31

30 dezembro 2011

19 dezembro 2011


Obrigado a todos os que, com a sua presença, ajudaram a fazer da festa de ontem uma celebração inesquecível!

02 dezembro 2011

Minha Esperança Portugal




Feriado(s)



Alguém que explique a quem de direito que a eliminação de feriados, em si mesma, não garante nem sequer fomenta o aumento de produtividade. Eu posso estar presente mais horas, mais dias no local de trabalho e mesmo assim ser ainda menos produtivo...

Porém, com grande probabilidade “festejámos” ontem o último feriado comemorativo do 1º de Dezembro de 1640, ou seja, da chamada “Restauração da Independência”.

Para além de, pessoalmente e por não ter o mínimo orgulho em ser cidadão português, considerar esta data como o marco mais negro da nossa história pois continuo a defender que se Portugal fosse uma região/província autónoma de Espanha estaríamos todos bem melhor, julgo que se há feriado que já deveria ter sido eliminado há muito tempo atrás é este.

E passo a explicar:

Portugal é tudo menos um país independente do ponto de vista material.

Somos uma nação formalmente independente mas, como se constata à saciedade pelos inúmeros exemplos que vivemos a cada passo, material e absolutamente dependente. Desde logo da União Europeia e do balanço de poderes europeu e mundial.

Dependência que se manifesta de uma forma acrescida quando se reflecte sobre a actual e total dependência dos poderes políticos perante o poder económico-financeiro. São os mercados, as troikas, o Banco Central Europeu, O FMI e outros quejandos a ditar as regras nas chamadas democracias ocidentais.

A democracia já era.

Money Rules!

Festejar qualquer independência neste cenário torna-se um anacronismo ridículo e, como tal, dispensável.

A caminho da sociedade absolutamente desumanizada que a “civilização ocidental” conjurou e acabou por promover e vincadamente patrocina.


Abel Varandas

25 novembro 2011

Conversa entre duas crianças






No ventre de uma mulher grávida estavam dois gémeos. Um deles pergunta ao outro:
- Acreditas na vida após o nascimento?
- Claro. Algo tem que haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui, principalmente, porque precisamos preparar-nos para o que seremos mais tarde.
- Nem pensar, não há vida após o nascimento. Como poderia ser essa vida?
- Eu não sei exactamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com os nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical alimenta-nos. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída. O cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente existe algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exactamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamã e ela cuidará de nós.
- Mamã? Você acredita na mamã? E onde supostamente é que está ela?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isto não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamã, por isso é óbvio que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso mundo. Sabes, eu penso que só então a vida real nos espera e agora estamos apenas preparando-nos para ela...


Autor desconhecido

24 novembro 2011

EFEITO POSITIVO ou UMA REFLEXÃO SOBRE AS VIRTUDES DO DIREITO À GREVE







Não tinha pensado escrever sobre esta GREVE GERAL.
Mas ao ler um comentário no FACEBOOK da autoria de Pedro Marques (GBU) a minha natureza de ex-dirigente sindical foi como que “acordada”.

“Preocupa-me o sentimento de falta de esperança generalizada...esta greve está impregnada de falta de esperança. Compreendo e respeito o exercício do direito à greve, mas em clima de vazio de esperança, o efeito positivo é diminuto.” – Pedro Marques in Facebook, 2011.11.24

Conforme tive oportunidade de ali comentar não sou capaz de entender a visão redutora que classifica o direito à greve apenas pela sua vertente utilitária.
Achar que o chamado efeito positivo é, tão somente, conseguir-se fazer o(s) alvo(s) do protesto mudar de posição é, a meu ver, prosseguir uma utilitarista, imediatista e, em última análise, tacanha perspectiva da intervenção cívica.

Assistimos a um gradualmente crescente domínio de uma cosmovisão puramente economicista e miopisticamente quantificadora do nosso futuro colectivo.
Defende-se que não há alternativa à política de empobrecimento. Alguns chamam neo-liberalismo à pseudo-ideologia que supostamente sustenta tais posições. Eu prefiro a expressão capitalismo selvagem.
Outros garantem que não existe alternativa ao actual projecto. A questão coloca-se, desde logo, na existência de algo a que se reconheça a dignidade de ser classificado como projecto.

O que temos será talvez a expressão prática de uma perspectiva farisaísta e publicana da realidade. Nunca um verdadeiro projecto ou uma atitude programática séria. Eu chamar-lhe-ia o lusitano e bacoco entendimento de uma qualquer teoria keynesiana adaptada ao “nacional-desenrascanço” individualista que nos habituamos a ver alastrar nos (ex-)detentores do poder político. Daí o descrédito da classe política a que se assiste de cada vez que o povo é chamado a exercer o direito de voto nas chamadas democracias ocidentais em que as vitórias do abstencionismo são cada vez mais significativas.

Os mercados andam nervosos.
É preciso acalmar os mercados.
Todos os dias ouvimos expressões deste tipo. Como se falássemos de verdadeiras entidades personalizáveis e cognitivas.

Manuela Ferreira Leite provocou polémica ao propor (não tenho a certeza que o tenha feito sob um pretenso efeito jocoso) um intervalo na democracia.
Recentemente assistimos ao pânico generalizado quando o governo grego “ameaçou” promover um referendo, supostamente uma medida emblemática do sistema democrático (sistema inventado por aquelas paragens…).

É o sistema democrático ocidental que está em crise. É o tipo de sociedade egoística e gananciosa que criámos (ou que criaram por nós...) e que os mercados fomentam.

Mas é precisamente neste panorama que mais faz sentido fazer greve.
É em clima de vazio de esperança que atitudes como a greve geral são ainda mais positivas, mais significantes, no que tem de expressão genuína de um grito de revolta!!!

O direito à greve tem dignidade constitucional e no nº 2 do artº 57º daquela carta magna lê-se:
“Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito.”

A greve tornou-se já mais que um direito. Um verdadeiro dever de cidadania.
Por outro lado, não é um direito dos políticos limitar ou sequer avaliar os fundamentos dos interesses defendidos através deste direito.
Ou do “direito à indignação” pugnado, com bom senso diga-se, por outros.
Podem fazê-lo. Obviamente.
Depois não se queixem é de já ninguém lhes dar crédito.


Abel Varandas
2011.11.24

15 novembro 2011

TRIBUTOS


Ontem, falando ao telefone com a minha amiga (e colega) Ana, no seu aniversário, dizia-lhe como não queria falar sobre as “desgraças” que sobre nós – funcionários públicos – recaem mas, sobretudo, celebrar a vida e as coisas lindas que a vida nos proporciona.

Uma dessas coisas, e, certamente, das mais belas que podemos experimentar é o valor dos sentimentos e, entre os mais nobres, o da amizade.
Coisa imutável, sentimento perpétuo que se renova de dia em dia mesmo quando se passam anos a fio e acabamos por perder “o rasto” a algum amigo de quem guardamos uma memória bem viva, forte e agradável, e o "reencontramos" transcorridos quase trinta anos, como tinha acabado de acontecer cerca de uma hora antes, também ao telefone, com o meu amigo Jorge.

E faz-nos pensar. E não apenas pensar mas, como disse à Ana, faz-nos também apreciar com mais sabor a frase do Professor Hermano Saraiva: "Aconteça o que acontecer com Portugal, continuará a haver noites de luar, Serra de Sintra e o Rio Tejo a correr para o mar".

E, tal como lhe disse também, concluímos que as melhores coisas desta vida são mesmo as que não são tributáveis.

“A César o que é de César, a Deus o que é de Deus”.
Lembramo-nos das palavras do “Good Book” e saboreamos a certeza de que a amizade, entre outras coisas lindas da vida, não é, nem nunca será, de César.

Graças a Deus!

Abel Varandas
2011.11.15

07 novembro 2011

Estamos lixados, sim! Mas não somos lixo!


A escalada da guerra ao funcionário público continua e intensifica-se.
Os patéticos argumentos com que a justificam (?) não conseguem esconder a clara e simples verdade: o Governo espreme-nos, espolia-nos e esmaga-nos porque estamos “mais à mão”, porque é mais fácil e rápido, porque nos considera gasto e não recurso, porque não temos para onde ir, porque, se morrermos, tanto melhor – poupa em salários sem aumentar a despesa da segurança social. Trata-nos como os inúteis descartáveis que acha que somos. Uma verba avultada do lado da despesa, a reduzir a todo o custo. A continuar assim, talvez não venha longe a escravatura e um dia, quem sabe, o extermínio. Só se não encontrarem alternativa, é claro.
Não se trata apenas de uma injustiça, em relação a outros trabalhadores – quem quer saber de justiça em tempos de défice?
Não se trata apenas de uma vergonha – os políticos que nos desgovernam há muito que a perderam.
Não se trata apenas de uma inconstitucionalidade – a pobre da Constituição já é pouco mais do que um papel.
Trata-se, simplesmente, de uma guerra em que vale tudo – até o desemprego, a fome e a miséria como instrumentos para o “reequilíbrio das contas públicas”. Ironicamente, da esquerda à direita ninguém parece acreditar no sucesso da terapia. Os economistas de serviço aos media dividem-se em quatro grupos: os que acham que a crise não irá, possivelmente, ser vencida assim e os que substituem este advérbio por previsivelmente, provavelmente ou seguramente. Ou seja: ninguém, em seu juízo perfeito, acredita que o paciente sobreviva à cura.
Feitas as contas, parece que os funcionários públicos com uma remuneração superior a 1500 euros verão confiscado, nos próximos dois anos, um montante equivalente a cerca de 20% da sua remuneração anual bruta, resultante da redução salarial média de 5%, acrescida de mais 15% de redução correspondente à perda integral dos subsídios de férias e de Natal. Os “afortunados” que recebem menos de 1500 euros “só” perderão cerca de 13%.
Eu não sou lixo. Nós, funcionários públicos, não somos lixo. Temos de manifestar de forma adequada a nossa indignação e a nossa revolta.
A minha sugestão é simples: tiram-nos 20% do salário? Pois reduzamos em percentagem semelhante trabalho que prestamos, no exercício do direito de resistência passiva e pacífica.
Mas não estou a dizer que os médicos cortem nas consultas nos hospitais, que os juízes adiem julgamentos, que os professores não dêem aulas ou que os polícias confraternizem com os delinquentes. Isso apenas prejudicaria os nossos concidadãos, que veriam somar-se um novo sofrimento àqueles que um estado(1) sem princípios nem escrúpulos já lhes impõe.
Em todas as nossas actividades consumimos uma boa parte do nosso tempo de trabalho com tarefas marginais em relação ao núcleo das nossas funções, tarefas de utilidade duvidosa quando não, mesmo, de inutilidade certa. Pois bem: não elaboremos mais um relatório, não preenchamos mais qualquer, formulário, verbete, boletim ou mapa, não respondamos a mais inquéritos, numa palavra, cessemos toda a actividade burocrática não essencial à vida dos cidadãos para quem trabalhamos.
Manifestaremos assim a nossa indignação e a nossa revolta de uma forma positiva: é que o mais certo é aquilo que deixarmos de fazer não ser minimamente importante para ninguém.
Se assim for, teremos contribuído para a reforma do estado.

João Caupers
Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

_____________________________________________________
(1) A minúscula não é erro. Vou passar a escrever assim – o estado não merece mais.

04 novembro 2011

DEMO quê?



Que esperar de um mundo onde o mero prenúncio do exercício de um acto referendário classificado como icónico desse regime político chamado DEMOCRACIA a (quase) acontecer na terra natal desse mesmo regime, cause o pânico generalizado numa Europa onde afinal o regime vigente é a “FINANÇOCRACIA”?

31 outubro 2011

493 anos depois...






As 95 Teses de Lutero, Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum, 1522





OS PRÉMIOS DOS POLÍTICOS


Potest enim quicquam esse absurdius quam, quo viae minus restet, eo plus viatici quaerere?
–Cícero

(Pode haver coisa mais absurda do que, quanto menos caminho resta, buscar mais provisões de viagem?)


Nos últimos tempos, e em face da mega austeridade exigida à classe média portuguesa (com os funcionários públicos à cabeça, como se fossem uma espécie de etnia social a fustigar em particular com requintes de medida inspirada em teorias neo-nazis…), tem-se multiplicado (nomeadamente no ciber-espaço) exemplos de denúncia de pensões vitalícias ou subsídios complementares chorudos para (ex-)titulares de cargos públicos (que não funcionários públicos!!!) e que roçam o imoral, também pelos exorbitantes valores envolvidos.
Mas, a meu ver, a imoralidade e a indecência começam a montante do valor de tais “pensões” (deveriam talvez apelidar-se hotéis de luxo…) e, desde logo, no facto da sua atribuição.
Tais “prendas” são atribuídas normalmente (e a título vitalício) a ex-titulares de cargos políticos que por se terem “cansado” imenso durante uns 4 ou 8 anitos a degradar o erário público, nomeadamente a atribuir subsídios injustificáveis a si próprios, são então premiados com uma subvençãozita de uns valentes milhares de euros mensais. Exactamente aos mesmos que se configuram como os principais responsáveis pela situação a que o país chegou!
Ninguém de bom senso duvida que os principais (senão exclusivos) responsáveis da actual situação são os titulares de cargos políticos. Os “Albertos” João, as “Fátimas” Felgueiras, os “Majores”, os “Isaltinos” e outros quejandos são apenas os mais descuidados…
E suspeito que não viverei o suficiente para ver qualquer desses energúmenos por detrás das grades, único lugar onde, por direito próprio, lhes assistiria permanecer, quiçá, perpetuamente.

Então, chegados aqui resta-nos questionar: que raio de estado de direito é este? Que raio de justiça distributiva? Que raio de equidade? Todos estes princípios foram absolutamente desvalorizados e substituídos pelo velha máxima, agora invertida, de que, afinal, nesta república bananeira, O CRIME COMPENSA!

E depois, num aparente assomo de honestidade altruística, vêm uns senhores ministros dispensar uns “subsídios de deslocalização apesar da sua pouca expressão” sem, todavia, cuidarem de pugnar pela sua irreversível e total eliminação definitiva como única medida minimamente aceitável e (intelectualmente) honesta perante os injustos e injustificáveis sacrifícios que infringem aos seus concidadãos.



Abel Varandas
2011.10.31


24 outubro 2011

SÍNDROME DE DAN BROWN


Carta Aberta a José Rodrigues dos Santos (JRS)


Reconheço que, embora um pouco desconfiado, aplaudi o lançamento do seu livro “A Fórmula de Deus”. A pouco verosímil mas, mesmo assim, aliciante tese da prova científica da existência de Deus apresentava-se como um impulso motivador para ler com alguma atenção essa obra. Não cheguei a fazê-lo e, provavelmente, não o farei. Não porque a obra até não merecesse eventualmente uma leitura, mas simplesmente porque a credibilidade do seu autor foi absolutamente auto-delapidada ao lançar recentemente o escabroso “O Último Segredo” que constitui a prova irrefutável do seu acometimento súbito de uma “doença” que já gravitando há imenso tempo no nosso interno panorama musical (o pimba), parece ter-se disseminado também na área literária light-lusitana e que tem, em si JRS, o expoente máximo no que respeita ao subtema misticismo e religiosidade.

Você, JRS, deve ter apostado que se tornaria a versão portuguesa do Dan Brown e então, toca de enveredar pelo facilitismo, pela controvérsia estéril mas apelativa e, na medida em que se torna ofensiva para o mundo cristão, instalando a polémica e pondo em causa mesmo as provas históricas, e, neste caso, desnecessariamente irrefutáveis, da falácia que pretendeu construir. Como tentar apresentar a tese da prova científica de Deus já deixou de vender – até porque deve ter-se apercebido que Deus só se entende e só é atingível pela fé – tratou, assim, de engendrar mais uma acha do filão à moda Browniana, agora versão portuguesa, e toca de lançar o iníquo “O Último Segredo” pretendendo ter descoberto “a pólvora” e a alegada “farsa do cristianismo”.

Certamente não tardará muito até à fundação da novel igreja “joserodriguesantiana” arauta da nova era.

Agora, JRS, de parvo você não tem nada. Entre os prováveis mais de 1000.000 exemplares vendidos em duas semanitas (como já indica o pimbómetro) e o epíteto de autor mais lido em Portugal, você, caro JRS, perante as dificuldades anunciadas para os funcionários da RTP, já tratou de garantir o futuro.

E pouco se importará se na sua testa exibir uma marquita numérica de três dígitos semelhantes…

Volto a desconfiar. Desconfio, agora, que você se terá deslumbrado ao julgar que até Deus seria seu leitor (cfr. Revelação 8:1).

Desengane-se, JRS. Ele sabe exactamente a farsa que você é.

Subscrevo-me,

Abel José Varandas



Post Scriptum

Ainda estou a “digerir” a sua revelação bombástica de que Cristo não era cristão. Fantástico, JRS! Conclusão brilhante!

Escusado será explicar-lhe que foram os discípulos de Jesus chamados pela primeira vez cristãos na cidade síria de Antioquia (cfr. Actos 11:26) por volta do ano 44 DC.

Mas como fazê-lo perceber que Marx também não era Marxista? Ou Salazar, salazarista?

Contudo, você poderá muito bem vir a ser o primeiro “joserodriguesantianista”…

(Queira Deus que seja também o último!)


18 outubro 2011

OBRIGADO, SENHOR!


Não quero lamentar-me pelo que perdi ou pelo que não tenho.
Quero apenas agradecer-Te por tudo o que me deste, me dás e me darás.
Tu és o meu Pastor e NADA me faltará!


Obrigado, Senhor!

17 outubro 2011

President Obama Delivers Remarks at the Martin Luther King, Jr. Memorial Dedication



RESPONSABILIDADE DE TODOS



Apesar de os políticos fazerem tudo por aumentá-la...




16 outubro 2011

Com efeito, eu tenho a certeza de que não há nada que nos possa separar do amor de Deus: Nem a morte nem a vida; nem os anjos nem outras forças ou poderes espirituais; nem o presente nem o futuro;nem as forças do alto nem as do abismo. Não há nada nem ninguém que nos possa separar do amor que Deus nos deu a conhecer por nosso Senhor Jesus Cristo.

S. Paulo, Carta aos Romanos

10 outubro 2011

The Power of the Cross by the California Baptist University Choir and Orchestra - Live Concert at Campus Hill Church January 16, 2010




(PARABÉNS, MADRINHA)

08 outubro 2011

Era uma vez...




... um ser humano de eleição, um Homem com um carácter impoluto, uma integridade vertical exemplar, uma postura incomparável, um coração maior do que o mundo, um padrinho sem igual. Talvez já quase mais ninguém se lembre dele. Eu lembrar-me-ei a cada dia e enquanto viver desse Homem que marcou a minha vida para sempre. Enquanto viver, nesta amarga saudade que a cada dia se renova, o seu nome será sempre lembrado e honrado:

JOSÉ DE OLIVEIRA CORREIA
(24.06.1900 - 08.10.1974)

03 outubro 2011

A vida (não) é um conjunto de riscos...



Quando hoje de manhã me dirigia para o meu automóvel, estava longe de imaginar o que ia encontrar. A marca indelével do vandalismo. Ontem à noite dirigi-me ao parque de estacionamento de um centro comercial para aceder ao supermercado que ali existe. Estacionei em local apropriado. Quando de saída do parque, não me apercebi talvez por já ser noite e também por estar com alguma pressa.
Um energúmeno, alguém desesperado ou simples e certamente alguém mal formado havia deixado marcas bem visíveis na pintura do automóvel, vincando sulcos bem fundos.
A primeira reacção: porquê? porquê a mim? Não tinha decorrido qualquer razão para que tal pudesse vir a acontecer. Nenhuma provocação ou ocorrência que pudesse potenciar algo semelhante.
No entanto, ali está a evidência da "raiva" de alguém sem se saber muito bem contra quem ou o quê.
É então que me questiono: mas desde quando o mal, as acções malevolamente gratuitas tem que ter uma razão lógica?

É, porém, em circunstâncias como esta que me é mais difícil entender a ordem: "Em tudo dai graças".
Por outro lado, e pensando bem, só tenho razões para agradecer. Poderia ter sido bem pior. E se o dito energúmeno se tivesse lembrado de levar "emprestada" a viatura?

A vida do cristão não é um "mar de rosas". Nunca foi, nunca será. Nem alguma vez Jesus nos prometeu vida fácil ou isenção da qualidade de vítimas de crime.

Mas há algo que só o cristão pode fazer. Orar por aquele "desconhecido" que num acto inútil resolveu dar largas ao ódio no seu coração. Não é uma pessoa feliz. Não tem a alegria bem maior do que a de ter um carro. Com riscos ou sem riscos. A alegria de contar com Jesus como seu Amigo. A certeza de saber que tudo, mesmo tudo, na vida do cristão está em Suas Mãos. E que aquele carro, com riscos ou sem riscos, é apenas uma enorme benção de Deus.

E para além de tudo isso, há algo que criminoso nenhum pode retirar ao cristão: esta Paz que me inunda, apesar das circunstâncias, e que só Ele dá e que, como tal, excede todo o entendimento (cfr. Filipenses 4:7).

Obrigado, Senhor!

Abel Varandas
2011.10.03

30 setembro 2011

"Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, o meu amor por ti nunca mais será abalado e a minha aliança de paz nunca mais vacilará. Quem o diz é o SENHOR, que te ama."

- Isaías 54:10 (A Bíblia para todos)

26 setembro 2011

O ABRAÇO DE BARNABÉ


“E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.” - Isaías 58:10,11

Há quem pense e afirme que a missão principal da Igreja de Cristo não é dar de comer a quem tem fome mas espalhar a boa-nova da salvação. E têem razão!

Defendem que ter a “barriga cheia” ou a “barriga vazia” é irrelevante para a salvação da alma. Independentemente de se ter muito ou ter pouco, o céu só se alcança pela aceitação individual e plena do sacrifício redentor do Senhor Jesus. E, igualmente, estão cobertos de razão!

Então, pergunta-se, para quê promover, no âmbito da missão da igreja local, um ministério de apoio aos sem-abrigo, aos “cansados e oprimidos” uma vez que a estes bastará ir a Jesus em busca de alívio (cfr. Mat. 11:28)?

Para quê perder tempo, esforço e dinheiro em alimentar o corpo dos famintos e não unir recursos e empenhos unicamente para lhes alimentar a alma?

Durante algum tempo também me interroguei com dúvidas de teor semelhante. E perguntava-me até porque é que Jesus que tinha a missão de dar a conhecer ao mundo o Plano Divino para a redenção da humanidade, perdeu tanto tempo e despendeu tanta energia a curar paralíticos, leprosos, endemoninhados, cegos, a ressuscitar mortos, a comer com pecadores e, até, imagine-se, a dar de comer a uma multidão faminta dando-se ao trabalho de multiplicar os alimentos perante a constatação da sua escassez (João 6:1-15). Não teria sido uma excelente oportunidade para fazer uma campanha evangelística com apelo final “Vinde a Mim!”?

Mas, então como explicar que Jesus se prendesse nestas "futilidades"? A sua missão não era, afinal, essa. Ele era, verdadeiramente o Pão da Vida (João 6:35) e porquê e para quê a necessidade de distribuir outro tipo de pão?

A resposta que tanto me fugia era demasiado óbvia e só exigia a minha abertura de pensamento e, sobretudo, de coração.

Ao ler o relato de Lucas 10:25-37 percebi, finalmente, que tal como aquele Intérprete da Lei eu queria perceber quem era o meu próximo e o que fazer com ele. E que a ordem de Jesus “Vai e procede tu de igual modo” era também para mim! Entendi e interiorizei, ainda, que naquele dia, quando o Senhor reunir as Suas ovelhas à Sua direita, quero estar entre os “benditos de meu Pai” (Mat. 25:34-37).

Barnabé (Atos 4:32-37) tinha plena consciência que a principal missão do crente é anunciar a Boa-Nova. Mas, tal como ele, os voluntários que, sob o patrocínio da Igreja Evangélica Baptista de Cedofeita, resolveram separar umas (poucas) horas do seu tempo para poder dar um abraço fraterno a alguns famintos que a nossa sociedade, ocidental e desenvolvida(?) criou e fomenta, crêem que é sua responsabilidade enquanto cristãos intervir activamente no status quo em demonstração de uma fé que se traduz em actos e não somente em meras palavras, que crêem que a fé sem obras é morta (Tiago 2:16,17) e que esta iniciativa é também a expressão de responder em obediência ao apelo de Cristo para sermos LUZ e SAL.

Ide, fazei discípulos” (Mat. 28:19). Para além de uma bênção inigualável para os envolvidos, o cumprimento da Grande Comissão é, afinal, o leit-motiv e o objectivo último do “ABRAÇO DE BARNABÉ”.

Nem que para isso seja necessário servir, primeiro, uma sopa quente!


Abel Varandas

2010.11.25

24 setembro 2011

Orgulho!






Quando no passado Domingo veio ao meu conhecimento a notícia do ingresso do João Miguel na Faculdade (1ª opção) não pude deixar de sentir um imenso orgulho. Orgulho por ser seu pai. Orgulho por ter o privilégio de ter este filho. Se o orgulho é pecado, então pequei. Mas onde o pecado abundou, superabundou a Graça.

Obrigado, meu Deus!




06 agosto 2011

Uma singela homenagem





John Stott

(1921 -2011)

Considerado uma das mais expressivas vozes da Igreja Evangélica contemporânea, o inglês John Stott nasceu em 27 de abril de 1921. Foi um agnóstico até 1939, quando ouviu uma mensagem do reverendo Eric Nash e se converteu ao cristianismo evangélico.

Estudou Línguas Modernas na Faculdade Trinity, de Cambridge. Foi ordenado pela Igreja Anglicana em 1945, e iniciou suas atividades como sacerdote na Igreja All Souls, em Langham Place. Lá continuou até se tornar pastor emérito, em 1975. Foi capelão da coroa britânica de 1959 a 1991.

Stott tornou-se ainda mais conhecido depois do Congresso de Lausanne, em 1974, quando se destacou na defesa do conceito de Evangelho Integral - uma abordagem cristã mais ampla, abrangendo a promoção do Reino de Deus não apenas na dimensão espiritual, mas também na transformação da sociedade a partir da ética e dos valores cristãos.

Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu cerca de 40 livros, entre os quais Cristianismo Básico, A Cruz de Cristo e Por que sou cristão.

Tendo combatido o bom combate e guardado a fé, acabou a carreira no passado dia 27 de Julho de 2011.

MEMORIAL (site)

01 agosto 2011

14 julho 2011

OBRIGADO





A todos os que me presentearam com o seu carinho e me devolveram o sabor da alegria neste primeiro aniversário vivido na ausência daquela que me gerou, o meu sincero e sentido OBRIGADO!



13 julho 2011

LIXO???

A recente “investida” da Moody’s e a espontânea reacção do universo tuga fez-me reflectir sobre essa nossa eterna condição de “pobres mas honrados”.

Se forem os nossos políticos a tirar-nos o sono e os rendimentos subindo a carga fiscal (carga aqui chega a ter um sentido bélico!) para níveis inusitados enquanto simultaneamente vão aumentando os preços do dinheiro, bens e serviços fruto quer da mesma carga fiscal quer da conjuntura mundial, tudo bem conquanto sejam portugueses a fazê-lo e desde que o façam com jeitinho e educadamente…

Mas se forem os estranjas a chamarem-nos lixo, alto e para o baile!

Tratamos de por em acção os nossos hackers, entupimos-lhes o site, enviamos caixas com detritos pelo correio para eles verem o que é o verdadeiro lixo (como se, rejeitando Quioto, não soubessem…) e até temos empresas a tomar a iniciativa de oferecer aos seus clientes T-Shirts com inscrições anti-Moody’s!

Nem que essas so-called Rating Agencies estejam bem perto da razão apesar de lhes faltar em espelhos o que lhes sobeja em binóculos

Porem-nos na miséria? Tudo bem…mas com respeitinho! Homessa!

Abel Varandas

24 junho 2011

Parabéns, Padrinho!



Nascido a 24 de Junho de 1900 na freguesia do Bonfim, Porto

"Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá."
- Jesus Cristo

Livres

Livres

Jehovah Jireh

Jehovah Jireh

Deus Não Está Morto


Inspiração Bíblica Diária