14 maio 2010

DESABAFO



O recente “rompimento” definitivo entre mim e Albina levou-me a ponderar terminar este blog. Não que este espaço esteja directamente ligado com o que foi aquela relação (apesar de ter sido criado na sua pendência) mas porque a angústia imensa sobre a minha vida que aquele “final” está a representar me deixa pouca clarividência, neste momento, para continuar.
Estou, porém, decidido a recuar nessa intenção.

Desde o início da relação que pensei e, sobretudo, desejei acabar os meus dias ao lado de Albina. Construindo o lar que, afinal, acabei por nunca ter. Mas chego agora à conclusão que esse lar nunca existiu e, provavelmente, nunca existirá tão-somente porque o peso de uma infância tão distorcida e atribulada como a que tive (juntamente com meu irmão de sangue cuja vida é um drama bem maior ainda), não deixou margem para que a minha estrutura interior adquirisse a maturidade necessária e fosse suficientemente forte para poder ultrapassar traumas absolutamente marcantes e tristemente definidores da minha personalidade e do meu percurso como pessoa.
E se amar não é fácil muito mais difícil se torna amar o outro exactamente como é. E se esse outro for eu, então, a dificuldade acresce.
Creio que Albina nunca foi capaz de me amar como sou. Mas não a culpo por isso. Eu não sou mesmo nada fácil. Reconheço.
E reconheço, até, que também não a amei como devia. Apenas como sei. E talvez saiba demasiado pouco.

E ela tinha mesmo razão quando sussurrava, antes sequer de iniciarmos a nossa relação: “Com aquele irmão? Com aquele passado? Nem pensar!”

Mas desengane-se quem julgar que, apesar da dor, da amargura e da ausência tão difíceis de suportar, fiquei só.
Como pode estar só, alguém que tem o melhor filho do mundo?
Como poderá queixar-se de solidão alguém a quem foi prometido pelo Pai “Não te deixarei nem te desampararei!”? Ou quem tem consciência de que O Mestre está consigo até à consumação dos séculos?
Ou quem já se sente integrado numa comunidade (Igreja Evangélica Baptista de Cedofeita) onde foi aceite exactamente como é. Sem perguntas nem restrições e com verdadeiro ágape?

“A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta.”
Salmo 63:8

É à sombra da tua destra que quero descansar, Senhor!

E persistir em Te servir de todas as formas que, ainda, me forem permitidas.

Com meus irmãos. Contigo. Por Ti. Para Ti. Até àquele dia.

Só(,) para Tua Glória.


Abel Varandas

03 maio 2010

Para ti, mulher da minha vida!



História

Foste céu, foste mar
Foste sol, foste sal
Foste luar, foste beleza
Foste a música
Em acordes de encantar
Foste o sim e a certeza.
Foste primavera
Foste verão
Acalmaste a fera
Firmaste meu chão

Foste topo, foste cume
Foste chama do meu lume
Foste vida, foste incenso
Perfume no meu lenço

O outono enfim chegou
O inverno acordou
A vida cedeu
O amor perdeu.

Foste.
Sem voltar.
Foste.

O nosso amor há-de durar.
Não morrerá.
Eu já.



Abel Varandas

Livres

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Jehovah Jireh

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