Entretanto, alertada pelo alarido, chega a repórter Luísa da Rádio Local que entrevista Alfredo ali mesmo no "local do crime".
À repórter, Alfredo, depois de tecer várias considerações sobre a situação e defender que não há direito que as entidades policiais julguem que a lei é sempre para ser levada rigorosamente a preceito e que há que haver flexibilidade perante as argumentações alheias, defendeu mesmo que não sendo apologista da supressão liminar das entidades policiais, deve, todavia, ser considerada a substituição dos agentes por pessoas mais flexíveis que actuem de acordo com as necessidades e não de acordo com princípios e regras pré-determinadas, gerais e abstractas e como tal com uma rigidez indefensável numa sociedade moderna.
Poder-se-á mesmo dizer que, a continuar com esta clareza de raciocínio e firmeza de posicionamento estratégico, Alfredo arrisca-se a ser chamado, quiçá, a outras públicas responsabilidades e imperativos...
José de Paiva
2014.04.05
Alfredo, Etelvina, Firmino e Luísa são personagens de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência (ou talvez não...)