09 maio 2012

UMA CASA É DEVOLVIDA AO BANCO POR HORA



Publicado em 18 de Abril passado, podia ler-se no site da TVI a notícia de que em cada hora que passa uma casa é devolvida ao banco por incapacidade financeira das famílias devedoras.
Esta é a verdadeira imagem do país e do empobrecimento “galopante” a que se assiste.
Não pretendo prender-me agora sobre as causas deste fenómeno ou sobre os verdadeiros culpados de uma crise bem patente e que a (quase) todos toca e de forma bem efectiva. Desabafando, para que serviria?
Como funcionário público perdi mais de 20% do meu rendimento do trabalho (única proveniência do meu rendimento global, diga-se). Os compromissos financeiros, entretanto, assumidos mantêm-se inalteráveis. A acompanhar a significativa redução da receita, soma-se o aumento generalizado dos bens e serviços essenciais, o que faz com que a descida “real” do rendimento disponível seja em muito superior àquele percentual.
Mas, não pretendo com isto usar este espaço como “muro das lamentações”. Apesar da minha situação financeira poder ser considerada grave, ainda e Graças a Deus, não é desesperante como para as tais famílias (uma por hora!) que se vêem forçadas a entregar a casa onde habitam e que, certamente, constituiu um pequeno sonho de poderem vir a poder transmitir por herança aos seus filhos um bem tangível. Eu, com maior ou menor dificuldade, ainda tenho conseguido manter em dia os pagamentos das dívidas que contraí. Com redução significativa de custos nas despesas correntes, afectando áreas importantes como o saber, a cultura e o lazer, sem a perspectiva de poder passar umas férias condignas mas, apesar de tudo, conseguindo minimizar os “prejuízos”.


A intenção desta reflexão é, contudo, a de fazer-nos parar um pouco e pensar sobre as palavras da Bíblia:

Se alguém possui bens neste mundo e, vendo o irmão em necessidade lhe fechar o seu coração, como permanecerá nele o amor de Deus?
Meus filhos, não amemos com palavras e discursos, mas com acções e com verdade.


(I João 3: 17,18 – A Bíblia para todos)

Deus é Amor. É o mesmo João que o afirma um pouco mais adiante na mesma epístola. (4:8)
A nossa responsabilidade é reflectir o coração de Deus nas nossas vidas.
A palavra “próximo” na Bíblia tem também um significado literal e geográfico. Não precisamos tornar-nos missionários em África ou na Ásia para podermos cumprir a nossa missão.
E quantas vezes o nosso discurso é “politicamente correcto” mas quando chega a “hora da verdade” e surge a oportunidade de por em prática o que defendemos de um ponto de vista teórico e doutrinal…então há sempre um “mas” ou um “se” e quedamo-nos pela beleza do discurso, pelo empolgante das nossas convicções, pela magnificência vã das nossas posições.

Fazemos de nós próprios…mentirosos.


Abel José Varandas
2012.05.09



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