29 maio 2012
25 maio 2012
18 maio 2012
14 maio 2012
abraço
olhei para ti
conheci-te
penetrante de afecto
envolvente
de calor que não acaba mais
tomaste-me
apeteceu-me
trincar-te
dissolver-me em ti
percorrer essas margens
de um rio que me afoga
nessa corrente
tão forte
que me leva
onde nunca fui
apertado
numa torrente
de cor e luz
nesse chão
onde me deito
no teu abraço
AJ Varandas
2012.05.14
11 maio 2012
UM CONTO EGÍPCIO QUE PODERIA SER HEBRAICO
- dedicado à minha (ex?)amiga
Elisa Cóias Rubin, que resolveu remover-me da sua lista
de amigos após a minha publicação no Facebook deste conto no seu formato original.
de amigos após a minha publicação no Facebook deste conto no seu formato original.
- Senta-te aqui, meu filho. Quero contar-te uma estória. Disse o pai enquanto carinhosamente sentava o filho na sua perna direita.
Era uma vez…
...um turista que foi à cidade de Jerusalém, com
o objectivo de visitar um sábio famoso.
O turista ficou surpreendido ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? – perguntou o turista.
E o sábio, muito depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus?
- Os meus?! – surpreendeu-se o turista – Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também! – concluiu o sábio. *
O turista ficou surpreendido ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão seus móveis? – perguntou o turista.
E o sábio, muito depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus?
- Os meus?! – surpreendeu-se o turista – Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também! – concluiu o sábio. *
- Sabes, meu filho, esse
turista poderia ter sido eu. E esse sábio poderia ter sido Jesus Cristo.
Vou ler-te o que o Sábio
dos sábios disse um dia sobre este mesmo assunto:
«Não se preocupem em juntar riquezas neste
mundo, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões assaltam e
roubam." (Mateus 6:19 – A Bíblia para todos).
- Eis a estória que eu
gostaria de ter tido o privilégio que o meu pai me tivesse contado um dia.
E que eu gostaria que viesses também a recontar a teus filhos.
Sabes, filho, como eu gostaria de ter sido aquele turista!
Reflexão:
Aprender é bom.
Sabes, filho, como eu gostaria de ter sido aquele turista!
Reflexão:
Aprender é bom.
Aprender de um sábio é ainda
melhor e um princípio de humildade.
Logo, de sabedoria…
Logo, de sabedoria…
A.J. Varandas
2012.05.11
09 maio 2012
UMA CASA É DEVOLVIDA AO BANCO POR HORA
Publicado em 18 de Abril passado,
podia ler-se no site da TVI a notícia de que em cada hora que passa uma casa é
devolvida ao banco por incapacidade financeira das famílias devedoras.
Esta é a verdadeira imagem do
país e do empobrecimento “galopante” a que se assiste.
Não pretendo prender-me agora
sobre as causas deste fenómeno ou sobre os verdadeiros culpados de uma crise
bem patente e que a (quase) todos toca e de forma bem efectiva. Desabafando,
para que serviria?
Como funcionário público perdi
mais de 20% do meu rendimento do trabalho (única proveniência do meu rendimento
global, diga-se). Os compromissos financeiros, entretanto, assumidos mantêm-se
inalteráveis. A acompanhar a significativa redução da receita, soma-se o
aumento generalizado dos bens e serviços essenciais, o que faz com que a
descida “real” do rendimento disponível seja em muito superior àquele
percentual.
Mas, não pretendo com isto usar
este espaço como “muro das lamentações”. Apesar da minha situação financeira
poder ser considerada grave, ainda e Graças a Deus, não é desesperante como
para as tais famílias (uma por hora!) que se vêem forçadas a entregar a casa
onde habitam e que, certamente, constituiu um pequeno sonho de poderem vir a
poder transmitir por herança aos seus filhos um bem tangível. Eu, com maior ou
menor dificuldade, ainda tenho conseguido manter em dia os pagamentos das
dívidas que contraí. Com redução significativa de custos nas despesas
correntes, afectando áreas importantes como o saber, a cultura e o lazer, sem a
perspectiva de poder passar umas férias condignas mas, apesar de tudo,
conseguindo minimizar os “prejuízos”.
A intenção desta reflexão é, contudo, a de fazer-nos parar um pouco e pensar sobre as palavras da Bíblia:
Se alguém possui bens neste mundo e, vendo o irmão em necessidade lhe
fechar o seu coração, como permanecerá nele o amor de Deus?
Meus filhos, não amemos com palavras e discursos, mas com acções e com
verdade.
(I João 3: 17,18 – A Bíblia para
todos)
Deus é Amor. É o mesmo João que o
afirma um pouco mais adiante na mesma epístola. (4:8)
A nossa responsabilidade é reflectir
o coração de Deus nas nossas vidas.
A palavra “próximo” na Bíblia tem
também um significado literal e geográfico. Não precisamos tornar-nos
missionários em África ou na Ásia para podermos cumprir a nossa missão.
E quantas vezes o nosso discurso é
“politicamente correcto” mas quando chega a “hora da verdade” e surge a oportunidade
de por em prática o que defendemos de um ponto de vista teórico e doutrinal…então
há sempre um “mas” ou um “se” e quedamo-nos pela beleza do discurso, pelo empolgante
das nossas convicções, pela magnificência vã das nossas posições.
Fazemos de nós próprios…mentirosos.
Abel José Varandas
2012.05.09
06 maio 2012
02 maio 2012
01 maio 2012
DIA DO TRABALHADOR
ACORDAI
Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!
- Fernando Lopes Graça
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