sou negro, sou oriental
sou invisual
sou cigano, sou judeu
nada disto é meu
vim de Marte, sou guerreiro
não tenho cheiro
troco as cores
não tenho um pé
não sei porquê
sou diferente, sou igual
não quero levar a mal
amar é ver e ouvir
é ficar aqui, é partir
em Abril nasceu um dia
que a esperança inventou
como a canção que dizia
Quis saber quem sou...
sou aquilo que sempre fui
igual a ti, igual à vida
negro, judeu, coxo ou cego
e talvez até com SIDA
a liberdade invadiu-me
livre porque tenho a certeza
que só amo completamente
quando a diferença é beleza!
Abel Varandas