30 setembro 2013

O dia seguinte


Faço agora parte da imensa maioria de mais de 47% dos portugueses com capacidade eleitoral activa que não participa em palhaçadas travestidas de democracia.
E sinto-me...aliviado e de consciência tranquila.

O que mudou em Portugal de ontem para hoje? Alguns "galos" e alguns "poleiros".
O playground é o mesmo.
As mesmas decepções, a mesma pobreza, a mesma exploração, a mesma desigualdade, a mesma miséria.
E, como era mais que certo, a mesma classe política feita quase exclusivamente de oportunistas, "malabaristas" e ignóbeis parasitas.
E dos energúmenos que me obrigam de forma unilateral, prepotente e ditatorial, a partir de hoje, a permanecer nas instalações da entidade empregadora mais uma hora diariamente, voltando a reduzir-me o salário, a alegria e a motivação.

Do ponto de vista estritamente pessoal, resta-me a suprema consolação de que Deus, como sempre, não desistiu e não desistirá de mim.


JdP

2013.09.30

29 setembro 2013

DECLARAÇÃO DE NÃO VOTO



Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), - in pt.wikipedia.org



O voto é considerado a maior “arma” de um regime democrático.
É a expressão da civilidade num contexto em que o povo é quem dirige, normalmente através de representantes, os destinos da polis.
Até aqui nada de novo.
Acontece que sendo o voto a expressão maior da democracia, o seu valor, a sua dignidade, a sua força pressupõe a existência efectiva de uma soberania e um regime democrático e das suas envolventes matriciais: liberdade, igualdade, fraternidade, solidariedade, etc.

Desde meados de 2011 Portugal perdeu a sua soberania. E sem soberania também não há democracia.
Hoje somos aquilo que considero ser um protectorado feudal da União Europeia.
E a classe política que nos arrastou para este neo-feudalismo não quis saber da minha opinião, enquanto parte integrante da vox populis.
Para empenharem o nosso futuro e dos nossos filhos ninguém quis saber do nosso voto.
Alguém foi chamado a opinar se estaria de acordo com cortes nos salários, nas prestações sociais, nas reformas, nas pensões, no estado social, na saúde, na educação, na justiça, em todas as áreas onde o Estado deveria garantir o bem-estar dos cidadãos e, ainda,  em aumentos brutais na carga fiscal das famílias ou aumentos unilaterais nos tempos de trabalho?
Para “vender” o país aos interesses estrangeiros e às ditaduras dos mercados e da banca alguém quis saber o que eu pensava? Será que alguém sequer ponderou perguntar-me, quiçá em referendo, se eu, enquanto povo, supostamente detentor de um quinhão de soberania por mais pequeno que fosse, concordava com a "venda" da soberania nacional e com a perda de direitos civilizacionalmente conquistados em detrimento do contentamento dos “mercados” e do grande capital internacional?

Pois é.
"Borrifaram-se" para mim e para os meus concidadãos.
Mas agora lá vem eles todos “falinhas mansas” pedir o meu voto para perpetuar as benesses do “poleiro” que supostamente é um momento sacrificial pois blá-blá-blá que isto de fazer política é um sacrifício blá-blá-blá e eles gostam de sofrer e por isso, até, ao fim de tantos anos de sofrimento atroz (ou será atrás…?!) vão “sofrer” para outro lado a bem da res publica, blá-blá-blá… blá-blá-blá…blá-blá-blá

Basta! Não dou mais para este peditório!

Dizem-me que votar, mais que um direito, é um dever cívico.
Concordo. É assim em democracia e numa sociedade civilizada.
Lamentavelmente, dei-me conta que vivo hoje, não numa democracia ou Estado-de-Direito democrático mas, afinal, numa espécie de barbárie colonizada onde se assistem diariamente a retrocessos civilizacionais e a fenómenos de decadência axiológico-institucionais.

Pessoalmente, assumo o meu DEVER CÍVICO de deixar de participar activamente nesta “palhaçada”.
Contudo, porque sou visceralmente democrata, respeito o facto de que haverá sempre quem o fará e até com gosto.


Bom proveito.



JdP
29 de Setembro de 2013

07 setembro 2013

Ave da Esperança - Miguel Torga



Ave da Esperança

Passo a noite a sonhar o amanhecer.
Sou a ave da esperança.
Pássaro triste que na luz do sol
Aquece as alegrias do futuro,
O tempo que há-de vir sem este muro
De silêncio e negrura
A cercá-lo de medo e de espessura
Maciça e tumular;
O tempo que há-de vir - esse desejo
Com asas, primavera e liberdade;
Tempo que ninguém há-de
Corromper
Com palavras de amor, que são a morte
Antes de se morrer.



MIGUEL TORGA


04 setembro 2013

Abel José Varandas "morreu"!


Há momentos na nossa vida de completa viragem.
Este, hierarquicamente após a minha decisão em abraçar a mensagem e o plano redentor de Cristo para a minha vida, é o momento de maior viragem na minha já algo longa existência de 54 anos.
Na noite do passado Sábado para Domingo, algo me impulsionou a mudar a minha vida daqui para a frente.
Não vou entrar em pormenores porque há pessoas que amo demasiado e que estão envolvidas neste processo que foi, é e continuará ainda a ser doloroso enquanto não tiver o desfecho desejado e que irá ser alcançado em breve.
Tenho consciência que deixarei muitos dos meus amigos confusos e até perplexos.
Mas não posso adiantar muito mais por agora.
Estou a entrar num processo de mudança que implica o corte com amarras que não quero que me prendam mais, com fardos que carreguei a vida toda, sem desejar mas também fazendo pouco ou nada para deles me livrar.
Mas chegou o momento da libertação.
O momento de dizer basta!

O momento de soltar o grito que vem da alma e que estava sufocado impedindo-me de atingir a felicidade.
E de tornar felizes os que, de mais perto, me rodeiam. A começar por aqueles a quem o Amor me liga!

Só quero destacar duas pessoas fundamentais neste processo de renovação interior: o meu filho João Miguel, sol da minha vida, e o anjo mais maravilhoso que Deus poderia ter enviado ao meu percurso, a Paula Cristina.
Por mim, por eles, pelo Amor que me liga a eles e a Deus quero tratar de erradicar da minha vida os fardos de uma infância, adolescência e juventude frustradas na vivência de traumas incutidos e assimilados que não posso e NÃO QUERO suportar e carregar mais.
Chegou a hora de me afirmar como ser humano, com defeitos e virtudes, só meus e não obtidos por herança ou adquiridos por "osmose" auto-infligida.
Chegou a hora de acordar e viver.
Porque nunca é tarde!

Para já e sem adiantar pormenores, fico-me por aqui.

O Abel José Varandas "morreu".
Viva o José de Paiva!





"Se pois o Filho vos lbertar, sereis verdadeiramente livres" 
"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará"

- Jesus Cristo



JdP

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